A solidão é um cafezinho crú e do brabo,
Falta água morna na chícara,
E um punhado de açúcar mascavo.
As vezes ela bate,
Grande e marota,
Parece querer que nos mate,
Devagar, bem escrota
Ao redor ninguém,
Bate euforia, bate um zen,
Irritante e perturbador,
Seria isso falta de sexo?
De carinho? ou de amor?
Das respostas possíveis,
Apenas uma é sensata,
Também quase nos mata,
Senao pela ausência é pela dor,
Se falta arrepios, gemidos e suor,
Falta calor contra o frio de estar só.
Ou é ou não é,
Ou você corre atrás de quem você quer,
Ou se contenta com a chícara de café.