19 de fevereiro de 2010

Solidão e um cafezinho

A solidão é um cafezinho crú e do brabo,
Falta água morna na chícara,
E um punhado de açúcar mascavo.

As vezes ela bate,
Grande e marota,
Parece querer que nos mate,
Devagar, bem escrota

Ao redor ninguém,
Bate euforia, bate um zen,
Irritante e perturbador,
Seria isso falta de sexo?
De carinho? ou de amor?

Das respostas possíveis,
Apenas uma é sensata,
Também quase nos mata,
Senao pela ausência é pela dor,
Se falta arrepios, gemidos e suor,
Falta calor contra o frio de estar só.

Ou é ou não é,
Ou você corre atrás de quem você quer,
Ou se contenta com a chícara de café.