6 de novembro de 2008


Alerta "paradebate.blogspot.com" contra os maus tratos aos animais de circo. QUEREMOS UMA MAIOR FISCALIZAÇÃO NOS PICADEIROS!

19 de outubro de 2008

Amadores F.C



Sou brasileiro, não sei nada sobre futebol. É com esse paradoxo que começo minha prosa. Há pouco tempo, tiro de meta pra mim, punha em risco a vida das pessoas sentadas nos estádios. Pênalti era um tombo muito forte de um jogador. Bandeirinha era de fato, a bandeirinha da lateral, aliás, fui saber há pouco tempo, bem pouco que lateral era uma posição no jogo. Volante era uma peça do carro e que a “barca passando” botava em risco os jogadores e o técnico além das gaivotas da Bahia de Guanabara, isso eu soube ano passado.

Que o futebol é cultura popular, é movimento de massa, isso todo mundo sabe. Que o Flamengo tem a maior torcida do mundo isso já é senso-comum. No mundo da redondinha do meio do campo, um apito, sinaliza começo do jogo e não “sinal fechou”, galo, urubu, pato e elefante são muito mais que animais, são mascotes de time, na verdade elefante eu não sei se é mascote não, mas poderia ser. FutSAL, não é futebol de praia, futebol na verdade se escreve footbal que na verdade é soccer. Mas soccer não era meia em inglês? Não Socker é meia. Meia, também é uma posição dentro de campo, aprendi com Camila Lopes. Lanterna é muito mais que um objeto em dias de apagão, lanterna é sinal de perigo e de inconstância, de final da classificação, de últimos lugares. Ainda que lugar em futebol seja algo abstrato.

Abstrato? Bom, aquelas relações que são feitas, entre jogar fora de casa e dentro de casa, Denilsonzinho já está com cartão vermelho nesse jogo e outras historias do tipo são algo surreal, muito mais que lógico, é matemático. E não é que conseguem transformar essas proposições em equações matemáticas e se encontrar um número? Ex: Clube de Regadas de Rocha Miranda tem 47% de chances de vencer o campeonato.

E aquela história de goleiro cobrar falta. Gol + leiro = Gol - radical + leiro – sufixo de profissão. Jornaleiro, aquele que vende jornal. Goleiro, aquele que impede o gol. E o que dois goleiros fazem na mesma área? Um deles teria virado a casaca no meio do jogo?

Eu não sei narrar um jogo. Só sei quando é gol. Mesmo assim quando não tem um estraga prazer que corre antes do outro jogador e deixa o passe em impedimento, isso eu não sei até hoje. A parada é gritar gol em segundo lugar, e se escapolir antes e for impedimento, discordar do lance pode ser uma boa saída! “Impedimento porra nenhuma, esse juiz fdp é ladrão”.

Eu vou pro Maraca, afinal o que move essa gente toda nos domingos? É pra ver os quero-queros no campo? Que lúdico! É pra ouvir palavrão? “Caralho!”, “porra!”, “filho da puta!”... acho que não. É pra ficar ouvindo as musiquinhas que o pessoal canta? Com métricas quase camonianas, versos em soneto praticamente. Talvez. Eu sei que depois elas viram toque de celular.

Ir pro Maracanã e assistir uma partida de futebol é sentir o espírito brasileiro, sentir a energia da massa, o calor humano, é gritar “ULLLLLLLLLLLLL” e querer que os outros entendam, “quase foi lá”. Futebol é o encontro das cores, é o duelo que todo brasileiro pára pra assistir. É uma dança sem música, a trilha sonora vem da galera, sedenta por gol. Bem mais que 90 minutos, é o significado de dois tempos pros fãs. Futebol pra mim é talento + sorte. É mais sorte que talento. É oportunidade, é berro, é raça, é paixão. Futebol pra mim é uma palavra, um esporte, um jogo que fez sucesso no Brasil. Isso pra mim... Porque pra 95% da população brasileira futebol é a vida, é o sangue, é felicidade é um sonho de moleque.

Futebol é uma arte, saber jogar e assistir a um jogo completo um dom. Se Deus dá determinados dons a determinadas pessoas, eu sei que talvez por essa razão eu escreva e faça miojo tão bem.



15 de outubro de 2008

VOTE 43!


Para prefeito da cidade do Rio de Janeiro: Fernando Gabeira - 43 - PV

27 de setembro de 2008

Queria me dar uns amassos

“Se eu amo alguém, ela ou ele deve ter merecido de alguma forma...“Eles o merecem se são tão parecidos comigo de tantas maneiras importantes que neles posso amar a mim mesmo; e se são tão perfeitos do que eu que posso amar neles o ideal de mim mesmo.. “Mas, se ele é um estranho pra mim e se não pode me atrair por qualquer valor próprio ou significação, que possa ter adquirido para a minha vida emocional, será difícil amá-lo” – Zygmunt Bauman



Sabe aquele gostosinho, carinha de anjo, branquelinho tímido e depravado ao mesmo tempo.. o André.. você conhece? Não resisti, peguei.
Calma. Não fiquei maluco. Nem sou convencido. Muito menos virei viado. Mas é que no mundo narcisista, egocêntrico e carente de hoje em dia. Amar a si mesmo parece ser a solução. E sem querer acho que estou indo por essa linha. É um tal de cirurgias plásticas, anabolizantes, distúrbios alimentares, tudo pra ficar fodão. Que nossa...
Eu sei que daqui a quatro anos eu faço bodas de prata com ele. E cá entre nós 21 anos com a mesma pessoa é dose. Pelo menos, assim você não se decepciona, não precisa fazer DR – discussão de relacionamento e sim uma análise consciência. Em tempos de inflação quase galopante, pagar duas meias é pagar uma inteira. Namorando a si mesmo, você só paga uma meia e olhe lá. É apenas um BIG MAC no Mc Donald´s. Sempre sobra vaga no carro pra você levar mais alguém. Eu assumo, dou mole prumas gatinhas ae mais gostosinhas que eu. Afinal de contas os seios e suas bundas me satisfazem mais né, mas é tudo entre as coxas, sigilo total.
Dizem que devemos nos amar antes pra amar o outro. É eu levei isso muito na ponta da faca. Rostinho de anjo, inteligente, vaidoso, que tesão! Eu me quero! Não sou hermafrodita. Mas a idéia de saber que sou único me frustra. A solução é me dar uns pegas de vez em quando. Não é sexo nem masturbação não. É uns beijinhos na minha própria boca. Aquela máxima idiota de “eu me amo e sou correspondido” me retrata muito bem. Mas eu sou meio obcecado por mim mesmo, a ponto de não dar oportunidade pra mais ninguém. A parada é que sou bom de nascença. Sei lá, sou meio tímido, e fico com vergonha de me pedir em namoro, sei lá fim do ano me formo...
Eu sei que enquanto não pego coragem, EU TRAIO.


1 de setembro de 2008

BRICando de prevêr o futuro, o novo jogo da Estrela

A globalização trouxe consigo uma série de mudanças e transformações em todas nações do mundo, na vida de toda a população mundial e de todo cidadão. É evidente que aquela divisão entre ocidente e oriente, países do norte e do sul, desenvolvidos e subdesenvolvidos, pobres e ricos, do velho, do novo ou do novíssimo mundo já está ultrapassada e um tanto quanto defasada. Embora essa distinção ainda exista, hoje o mundo é dividido em blocos econômicos (Mercosul, UE, NAFTA, entre outros), ou em grupos de países que juntos fundamentam uma mesma política ou tenham o mesmo ideal em determinado assunto (OTAN, OPEP, Tigres Asiáticos e cia). Um desses grupos tem se destacado bastante mundialmente: O BRIC. Ressalto aqui que o BRIC não se trata de um bloco econômico, político ou militar, é classificado como uma associação comercial de cooperação mútua, desde 2002.
O BRIC é o termo q faz referência à Brasil, Rússia, índia e China. Quatro países que teoricamente tem muito em comum. Os quatro países tem uma economia aparentemente estabilizada, bem como a política, tem mão-de-obra abundante, níveis de exportação em crescimento, assim como o PIB, grande quantidade de investimentos externos, reservas de recursos naturais e algumas outras semelhanças. Sim eu concordo que os quatro países citados têm tudo isso em comum são países emergentes e com futuro promissor, entretanto discordo em alguns aspectos.
Segundo dados, juntos, esses países representariam mais de 40% da população mundial e um PIB de mais de 85 trilhões de dólares e suas economias juntas superarão as economias dos seis países mais ricos do mundo atualmente (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália) até 2050. Entretanto é complicado unir países tão diferentes e toma-los como as economias do futuro. Ainda que em desenvolvimento esses países tem muito o que fazer pra se chegar lá, além disso estabilidade deve ser a palavra-chave para que essa previsão se torne de fato realidade. Acho importante lembrar que a China, por exemplo, apesar de sua população gigante, causa de grande oferta de mão-de-obra e mercado consumidor, tem um regime comunista e vive uma ditadura histórica, que repercutiu na abertura de sua economia entre trancos e barrancos; a Índia é dona de uma desigualdade social impressionante, lotada de conflitos étnicos e religiosos; a Rússia por sua vez, apesar de sua rica história e seu grande poderio bélico, possui uma péssima distribuição de renda per capita, enquanto parte da Rússia evidencia o seu crescimento econômico progressivo e gradativo outra parte se vê submersa no passado e parece ter esquecido o sistema capitalista; o Brasil... meu deus.. o Brasil!! Kk Esse daí tem que encontrar um caminho, um rumo social racional.
Vou dedicar um parágrafo ao Brasil, afinal de contas, esse é meu país. Bom o Brasil de fato tem crescido economicamente, tem sustentado sua economia na agropecuária e isso lhe tem rendido boas receitas, vive um superávit interessante, tem regido de maneira responsável a dívida externa, tem até conseguido “plus” em graus de investimento por aí; como mostram estudos do IPEA, a distribuição da renda tem diminuído e coisa e tal. Mas devo lembrar que se a economia “deslancha” o social chora! Os juros internos estão no céu; esse programa do Lulinha PT de bolsas família, escola e alegria não vai funcionar por muito tempo, aliás pra mim não funciona, a classe média está sufocada; o sistema de ensino público é falido e vergonhoso, tanto quanto o de saúde, aliás o de saúde está moribundo; a violência vivida nas metrópoles, nunca bateu tantos recordes, os números do Iraque são pinto do lado dos números de vítimas de violência urbana das grandes cidades brasileiras; a corrupção então! O número de CPI´s acho que reflete bem nosso sistema político refleto de ladrões e falcatruas medíocres. Enfim, não sou guru nem pai de santo, muito menos economista (até queria ser), mas eu não confio muito nessas previsões acerca desses quatro aí de cima não, uns desses aí até acredito sim, mas para isso mudanças e investimento devem ser os carros-chefe para se alcançar essas projeções.
Alguns estudos divulgados esse mês, senão me engano, já apontam algumas divergências e mudanças nessas previsões. Segundo essas últimas pesquisas, a Rússia perderia seu posto para o México até 2030, e o BRIC já não seria mais o BRIC e sim o CIMB. Pois é, prefiro não arriscar nas quatro mais do futuro, e aliás não sei pra que fazem isso, afinal, estabilidade e certeza é algo que o mundo globalizado não nos permite ter.

27 de julho de 2008

CAMILA LOPES CHAVES - Mais uma carioca de fato!

EU SOU CARIOCA -- por Camila Lopes

Outro dia fui assaltada. Estudante de jornalismo. 20 anos. Classe média. Sempre estudei em colégio particular. A universidade, infelizmente, também é particular. Flamenguista apaixonada pelo Maraca. Não sou de farra. Não sou da night. Se os amigos chamarem até topo um baile funk. Não dispenso um samba. Carioca, sabe como é, né?!? Ano passado estive pela primeira vez numa quadra de escola de samba. Só este ano conheci a boemia da Lapa e fui “até o chão” num baile funk. Jornalista tem que conhecer essas coisas. Sempre saí de carro com o papai e de ônibus com a mamãe e a irmã. Há alguns meses comecei a encarar o centro da cidade sozinha. Estágio novo, o primeiro fora da segurança da faculdade. Pra que contar isso tudo se a crônica sobre o dia em que fui assaltada? Pra mostrar que pra ser considerado brasileiro e principalmente carioca o indivíduo precisa de alguns requisitos:ir ao Maracanã, ao samba, à Lapa e o mais importante, ter sido assaltado. Pronto, finalmente completei o ciclo.
Vocês devem estar pensando “ela deve ter sido assaltada numa dessas saídas”, “olha o lugar que ela diz frequentar...”, “é flamenguista e vai ao Maracanã, deve ter sido algum dos bandidos da torcida do Flamengo” . Não, não, não. Nada disso. Fui assaltada no metrô. Meio de transporte bonito, em que até executivos andam, esse mesmo.
Na verdade eu fui furtada, apesar de para mim a diferença entre assalto e furto se resumir ao lugar em que cada palavra se encontra no Aurélio porque nos dois casos nos tomam algo. Voltando a “historinha”. Eram 5 e pouca da tarde quando cheguei à estação da Uruguaiana, como sempre faço entrei na fila para comprar um bilhete da integração metrô-trem que custa R$3,60. Pois bem, bilhete na máquina e cartão do trem no bolso embarquei no metrô completamente lotado (como de costume, aliás). Eu não sei se vocês já andaram de metrô a essa hora, mas do jeito que você entrou, você fica. Se estiver ajeitando o cabelo, vai ficar com a mão pro alto; se estiver olhando pra baixo, nem adianta querer mexer muito a cabeça; e estava eu com uma mão segurando a bolsa e a outra tentando me segurar em um dos ferros. Naquela confusão senti alguém mexendo no bolso de trás da minha calça. A princípio pensei “deve ser impressão minha, tá cheio aqui, alguém deve tá tentando se acomodar melhor”, foi quando me dei conta que a pessoa estava insistindo naquilo e meu segundo pensamento foi “que droga, tem alguém passando a mão na minha bunda” (me desculpem o vocabulário, mas foi o que pensei). Foi então que decidi tentar chegar um pouquinho para o lado, mas a pessoa cotinuava. Com muita dificuldade abaixei a mão e a pus no bolso e pra minha surpresa: onde estava meu cartão do trem?!?!? Isso mesmo acreditem, tinham me roubado o cartão do trem. Minha primeira reação foi dar uma risada, aquilo não podia ser verdade. Um cartão de trem roubado, e era unitário, nem era daqueles com várias passagens. Olhei para o lado, vi que um rapaz me observava e quando o encarei ele desviou o olhar. Tinha sido ele. Olhei mais uma vez e dessa vez ele abaixou a abeça. Estava certa, tinha sido ele. Pensei em gritar. Gritar pra quem? Gritar o quê? “Roubaram meu cartão!Roubaram meu cartão!!!”. Me perguntariam “cartão do banco?cartão de crédito?” e eu responderia “não, a passagem do trem”. Com certeza as pessoas iam rir de mim e nada fariam.
Conferi se meu pendrive que estava no mesmo bolso estava lá. E estava. No outro bolso meu celular também intacto. O “bandidinho” só tinha roubado isso mesmo, um cartão de trem. Provavelmente não conseguiu alcançar os outros objetos. Provavelmente iria procurar outro bolso, ou bolsa se tivesse mais sorte, para roubar. Afinal ele não tinha nada a perder. Provavelmente, assim como eu, a próxima “vítima” não reagiria. Como eu disse ele não tinha nada a perder. Ali só havia trabalhadores, gente voltando pra casa depois de um dia cansativo de trabalho, gente que também não teria muita coisa nos bolsos. Quem sabe alguns trocados ou um celular seria o saldo final daquele cara. Repito, ele não tinha nada a perder.
Quando dei por mim já estava na Central do Brasil. Já ia descendo quando um homem me pediu pra ajudar um senhor cego que iria pegar o trem. Eu estava revoltada, pensei em não ajudar, mas como podia negar ajuda num caso daqueles e respondi “sim, claro”. Ainda bem que aceitei porque foi aí que percebi que ainda há gente de bem no mundo e que o Rio é um lugar de gente boa. Eu precisava contar pra alguém o que havia acontecido e me queixei para o senhor “acredita que me roubaram a passagem do trem?” Foi quando ele me respondeu “não tem problema, minha filha, eu tenho direito a passar com um acompanhante, como você me ajudou vai até a roleta comigo e passe também”. Fiquei surpresa, não sabia o que responder. Parecia que etava me aproveitando do velhinho. Eu disse “imagina, não precisa, eu deixo o senhor lá e vou pra fila”, mas ele insistiu “não precisa ficar com vergonha, é meu direito passar com um acompanhante”. E eu fui, né, já estava atrasada para minha aula de espanhol porque neste dia havia saído mais tarde do estágio. O motivo? Estava participando de uma manifestação pela paz, isso mesmo, pedia paz no dia em que fui vítima da violência urbana. Pedia paz porque uns dias antes o Rio, cidade maravilhosa, de praia, carnaval e futebol, chorava a morte de mais um João, um menino de apenas três anos morto em mais uma ação equivocada de nossa polícia. O “bandidinho” nada de me fez, graças a Deus. Mas poderia ter feito, afinal, bandido (ladrão de “galinha” ou de milhões, que esconde o rosto ou que usa farda, o que é chefe da “boca” ou o que tem conta na Suíça, não importa) não tem nada a perder! Agora, posso dizer que de verdade “eu sou carioca”.
obs: Texto de uma coleguinha amigona.

20 de julho de 2008


Protesto do "paradebate.blogspot.com" contra o teor radical da LEI SECA, imposta no Rio de Janeiro

19 de julho de 2008

BRASIL, meu brasil brasileiro..

OBS: Texto escrito em setembro de 2007. Quando fui assaltado, oops, quando me tornei finalmente brasileiro de verdade.



Bom.. Hoje eu fui assaltado.. Dei sorte.. Só me levaram um cordão de ouro e cinco reais. Poderiam ter me roubado um carro ou me tirado a vida.. Mas meu prejuízo foi só de 250,00 mais ou menos. Bom 250,00 é o valor que eu recebo nos 40% de bolsa que eu ganho em meu estágio enquanto aluno de jornalismo. Mas não titubeio em dizer; dei sorte! Não levei nenhuma bala perdida, nem me seqüestraram. E o que é 250,00? Digamos que é o que minha mãe gasta nas compras de mês? Ou com mais 100,00 um salário mínimo. Ahh.. mas qual brasileiro nunca foi assaltado? Brasileiro tem três características bem definidas: é simpático, bonito e vítima do abandono do poder público... E é exatamente essa última que faltava pra eu me tornar um brasileiro de verdade, com orgulho.. (o kcte!) ! Ontem eu dormi ao som de rajadas de metralhadoras, antes fosse Chopin.. E acordei com um corpo estirado na rua da minha avó. E olha que eu não moro em uma viela de uma favela qualquer, eu moro no centro do segundo bairro mais populoso do Rio, Bangu, no subúrbio da cidade. Que mundo é esse? O meu ué. O mundo que eu vou criar meus filhos, não porque eu queira, mas porque não tem outro. Ainda hão de chegar a Marte, que a NASA me ouça! Ahh detalhe eu vivo no Rio, ôo cidade maravilhosa, de Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, do samba de Tia Ciata.. Atualmente acho que Marcinho VP, Fernandinho Beira-Mar e outros desses aí se destacam mais na sociedade.. Como eles conseguem? Fácil, cometendo crimes.
Enquanto isso nosso presidente... Onde está? Tentando salvar o MERCOSUL na Argentina falida, na Bolívia de Evo Moralles, ou na Venezuela “socialista” de Hugo Chavez? Inaugurando alguma indústria portuária? A frente de algum sindicato? Aonde, aonde, aonde? Tenho minhas suspeitas, deve ta se dando por idiota e fingindo que não sabe das falcatruas do Planalto e do Congresso, junto com companheiros petistas bolando algum novo plano de salvar a classe pobre do Brasil, com alguma bolsa felicidade, alegria ou amor, custeada é claro pela nobre classe média, que paga caro seus tributos fiscais e carrega nas costas toda a sociedade. Ahhh ou então deve estar decorando algum texto pré pronto, é claro, com seus jargões inseridos nele para exaltar suas origens, e vangloriar seu único diploma! Só nesse país que um homem que mal sabe se expressar é eleito pelo povo. Ahh mas a economia deslancha não é Senhor Presidente.. ? Superávit comercial, recorde em exportações, e o Brasil nem é abalado pela crise mundial nas bolsas de valores né.. BRIC é a palavra... Brasil, Rússia, Índia e China.. meu Deus!! Quem inventou isso..? Os índices chineses de crescimento econômico são por alto, bem maiores que os do Brasil que lutam entre trancos e barrancos para crescer seus suados e megavalorizados pelo presidente 3 a 4% ao ano, isso sem falar que esse nosso país emergente está em fase de crescimento e com grande e promissor futuro desde a década de 50! Falando em desenvolvimento, o PAC hein.. O mais novo produto da Loja Lula, Programa de Aceleração e Crescimento, que distribuição incrível: O único bairro dentro os planos do programa na Zona Oeste do Rio é a Barra da Tijuca, o mais bem resolvido de todos e o que mais recebeu investimento do espetacular e feliz Pan-americano em que a Guarda Nacional de Segurança estreou com pompas e paetês. Falando em segurança.. Cadê a Guarda Nacional, aquela que não foi preparada pra invadir morro, mas é a solução para conter o narcotráfico e os conflitos em favelas? Fugiram com os Cubanos? Enfim.. Eu dei sorte..
Apesar disso tudo to vivo pra contar história! E falando sério o que é dinheiro? Só porque eu vivo no país com a maior carga tributária do mundo, que inventa impostos e prorroga o fim da cobrança de outros como o ICMS, eu preciso valorizar tanto o dinheiro? Que bobagem.. Tanta verba pública é desviada, tanto dinheiro roubado dos cofres públicos.. Que eu me pergunto.. O que são 250,00? Mensalão, mensalinho, mesadinha.. Conselho de ética pra quê? Pra se auto julgarem num tribunal no mínimo injusto, em que se fala, fala, fala e nada é feito ou decidido. Uns matam aqui, outros ali, e o que surge é um plano falho de desarmamento! Não é qualquer lei, qualquer idéia louca do nada.. É um plebiscito! Afinal senão me engano ainda vivemos numa sociedade democrata, ou de fato deveria ser. Não é um plano político perfeito, mas de todos digamos que seja o menos pior... Afinal não me perguntaram se eu era a favor ou contra as cotas para negros e estudantes de escolas públicas para alguns vestibulares públicos, muito menos minha opinião sobre o caso de Renan Calheiros, ou ainda do Sr. Roberto Jefferson e Cia., eles mesmos votam neles, eles mesmos se salvam, se corrompem, provam que são bandidos e os aliviam sem punição, lógico. Pra que cassa-los se daqui a uns anos os que estão votando contra, podem estar no lugar o réu? Parece que 20.000 por mês, não os satisfaz... Ora, nem a mim..! Quero um milhão! Corrupção e daí? Que coisa normal.. É um roubo qualquer poxa vida.. Como o corriqueiro que eu e outras centenas de pessoas fomos vítimas hoje.. Mais uma bobeirinha do ignorante povo brasileiro. Ignorante sim. Porque eu não entendo porque diante de tamanha desordem pública e estatal ainda sim, tenham a certeza.. Elegeria de novo esse nosso maravilhoso presidente, que governa para aqueles que como ele, não tem conhecimento da língua portuguesa. Ahh uma última coisa.. Galera economize água, não para guardar para nossos filhos, para nós mesmos, porque quando faltar irão roubar da gente..! (EUA).

12 de julho de 2008

DE JOÃO EM JOÃO, o Brasil vai aceitando a impunidade sem perdão

Alguns nomes das estatísticas da violência no Brasil

Ó Pátria amada idolatrada salve, salve! Salve as nossas criancinhas isso sim! Acho que nos últimos dois anos nada me chocou e comoveu tanto a sociedade brasileira quanto os crimes cruéis contra crianças inocentes. O aparato estatal de fato mais uma vez se mostra falido e insuficiente. Não há escolas, hospitais, tampouco oportunidades e ultimamente não se há mais respeito, nem por nossas crianças, nosso futuro.

Já se tornou casual ouvirmos falar de assassinatos de crianças, ontem uma é arrastada quilômetros, presa por um cinto de segurança de um carro pelas ruas do subúrbio do Rio até a morte, outra é jogada do sexto andar de um prédio em São Paulo, uma outra é encontrada ainda viva flutuando dentro de um saco plástico numa lagoa em Minas Gerais, e como se não bastasse, essa semana uma dessas tantas que sobraram, foi assassinada com simples VINTE tiros disparados por nossos PREPARADOS policiais militares. Que chocante! Sim por mais que essas manchetes de morte de crianças sejam rotineiras em nossos jornais, eu e toda a população ainda se assusta. E sabe por quê? Porque nós somos seres humanos. Somos seres vivos. Somos pais, mães, irmãos.. somos parte de uma família. Porque somos feitos do amor e é ele que nos move. O amor ao próximo. Porque somos diferentes desses crápulas insensíveis e irracionais.

O pior é saber que essa polícia que mata e não nos traz qualquer segurança, até o contrário a mim ela me remete ao medo, é àquela mesma que se aposenta no final do ano e faz uns bicos no poder paralelo no ano seguinte, ou seja, ela não se aposenta, ela apenas deixa de ter a carteira assinada. POR ENQUANTO! Não duvido que daqui a uns anos, bandido tenha direito a fundo de garantia, PIS, férias, tenha direito a empréstimos consignados até pela Caixa Econômica, tenha acesso a todos os direitos que um profissional decente, qualificado, digno e de respeito têm, regidos pela CLT.. Ahhh Getúlio! Nossa constituição foi feita pra eles, os bandidos. É um tal de Habbeas Corpus, direito a prisão em regime semi-aberto, multinhas medíocres, cestas básicas que não põe medo em ninguém. CADÊ A PENA DE MORTE PORRA? Pra não ser tão radical, onde estão as leis justas? Elas existem? Aliás, onde está a justiça desse país? É fome, é desemprego, é insegurança, é a indústria do medo, é um caos armado, e ultimamente as principais vítimas? Elas nossa prole indefesa e vulnerável, nossas crianças, abusadas diariamente por não saber escrever, nem sequer falar um português correto, não ter acesso à saúde digna e muitas delas nem a alimentação. Como se não bastasse, o amor e a compaixão por esses anjos de Deus, foram perdidos. Matar uma criança é como abater um boi. Não abala mais, não pesa a consciência, não há punição. Matar atualmente é sinônimo de contar, nada mais é que números, estatísticas, taxas e porcentagens que retratam o quadro absurdo em que chegamos, e apenas isso.

Nossa "Beautiful Police" não é bem remunerada, é despreparada – e isso não sou eu que estou dizendo – nosso caro amiguinho Beltrame, secretário de segurança do Rio que disse! E nosso governador parisiense? Ele está por aí, pela Europa, ou China, andando com aqueles triciclos motorizados hiper modernos usados pela polícia alemã.

Uma coisa é certa, o poder público e o paralelo estão a cada dia mais próximos, alias qual é qual? A roubalheira feita pelos chefões do tráfico, também é provida pelos chefões da Câmara dos Deputados (aaaa o Bolsa Escola), deputado tem palácio (ALERJ), traficante também, casas de oito quartos em Búzios e o cacete! A mão de obra do Estado também tem sido a mesma que prove terror e roubalheiras à população (òoo santas milícias!), o sargentão da PM de ontem é o sargentão do narcotráfico de hoje, com uma diferença, no tráfico ele ganha 10X mais! QUEEE TENTADORRR! Ou seja, o tráfico remunera melhor, dá estabilidade... mas não era o Estado que fazia isso, ou que deveria fazer? Têm concurso pra traficante? Enquanto o governo luta pra criar vagas de emprego, o tráfico o faz em dois minutos, e quantas vagas!! E os requisitos? Inglês? Domínio de softwares? Experiências anteriores? Não, apenas maldade e falta de respeito pelo próximo. Chego a seguinte conclusão: Porque os traficantes não treinam nossa polícia? Se o alvo principal não fossem os possíveis professores, bem que ter aulas por nossos rivais seria a solução perfeita, e se rolasse aquele dim dim pelas coxas, eles topariam certamente. Traficante atira pra matar a pessoa certa, já a polícia ultimamente nos provou que atira pra gastar munição e matar nossas criancinhas.

De João em João, e de Gabrielas, Isabelas nossa justiça se firma na lentidão e na impunidade, na injustiça, na irresponsabilidade, na bandidagem, na corrupção. De nomes, de uma lista de milhares deles são feitas nossas estatísticas. Nossa justiça não é justa, tarda e é falha. Nossa justiça não desmascara, esconde! Nada muda. Não se há perdão a quem mata. Não se acredita mais no judiciário, nem no executivo, tampouco no legislativo. Eu acredito sim, no poder paralelo. Esse sim vem me provando que é capitalista, forte e sustentado, infelizmente a cada roubo, furto, assassinato, troca de tiros, bala perdida, ele nos prova que quem governa nosso país não é a constituição, mas sim a ambição e a frieza que vem da Primeira dama de nossa nação: A Srª. Cocaína Maconha da Silva, uma mulher forte, que encanta e cega, formada em narcotráfico pela Universidad de la Bolívia e que alicia nossas crianças e jovens pra tirarem à vida de outras.

Quantos Joãos Hélios, Joãos Robertos ainda vão ter que ser sacrificados para ser tomada uma atitude? João o nome que é marca do Brasil e agora também, das estatísticas que contabilizam o número de mortos pela violência urbana em nossas cidades.

EU QUERO JUSTIÇA EM NOMES DE TODAS ESSAS VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS! E VOU COBRAR! Não é uma ameaça, é apenas um direito meu enquanto cidadão brasileiro.

1 de julho de 2008

Campanha paradebate.blogspot.com em prol do "Assista menos e leia mais"

27 de junho de 2008

Pique estilingue ou Guerra Civil?

Dessa vez tudo ficou mais claro por mais evidente que essa situação possa ter chegado. Eu vivo numa cidade em guerra civil.
Acordei cedo depois de uma noite de sono pesado, interrompido apenas por algumas rajadas de balas. Arrumei-me e saí, alguns compromissos corriqueiros do dia-a-dia me aguardavam irrequietos. Tudo tranqüilo. O dia estava perfeito, temperatura agradável.
De repente, em uma das esquinas do meu bairro, cerca de 30 carros mais ou menos corriam lépidos e faceiros desfilando “segurança”. De quais carros estou falando? Dos carros azuizinhos e brancos da Polícia Militar do Rio de Janeiro, sim aquela honesta e eficiente. E o que todo aquele cortejo estatal representava? Isso era o que eu estava me perguntando naquela hora.
Atrás dos carros, um grande blindado. Sabe aqueles que recolhem o dinheiro do Banco Real, do Mc Donald´s.. então só que revestido com uma carapaça cinza, uma caveira do lado... não era qualquer um. Era um blindado imponente, rude e.. e... vulnerável, como qualquer outro veículo ou automotor que ouse combater o tráfico, exceto os tanques do exército. Com uma diferença: um auto-falante na parte superior, usado pra fazer ecoar pânico, pra combater o crime sabe. (Que solução inteligente!)
Em silêncio, seguiam em direção a uma das 23939840403349300 favelas do Rio de Janeiro. Um comboio armado e aparentemente hiper qualificado. A imprensa também os seguia. Arrepios... e a população assistia perplexa àquele desfile que mais cedo ou mais tarde iria acarretar em uns três minutos do RJTV anunciando algumas meias dúzias de mortes (sorte a nossa se forem do exército inimigo).
Respondam-me meus nobres: Todos aqueles homens, alguns quarentões, que mexem com a cabeça e fazem parte de sonhos eróticos de algumas mulheres mais danadinhas, estariam se organizando por um grande pique-estilingue com fuzis empinados pra fora dos carros, ou estariam indo à guerra?
Um exército de fardados e armados até os dentes cortavam as ruas do meu bairro e partiam em “defesa” da população. Motoristas de Kombi, “bem apessoados” aos gritos, anunciavam: última remessa de coletivos!!! Afinal não iam deixar suas vans clandestinas a mercê do tráfico, que incendeia qualquer objeto de quatro rodas que cruzar o conflito, para vingar a morte de um traficante.
Isso tudo era em plena manhã de uma quinta-feira qualquer, e cá entre nós, por mais que tiros, balas perdidas, e violência já façam parte de nossas rotinas, todo esse movimento ainda pegava de surpresa, frágeis senhoras que voltavam da feira, crianças arrumadas pra ir ao colégio, e EU, sim, eu também fiquei bem surpreso. Daí me questionei: estou numa guerra civil? Em que país estou? Vieram-me a tona grandes nomes da violência mundial: Kabul, Bagdá, Faixa de Gaza...não não não estava na segunda cidade mais populosa do Brasil, àquele país emergente que sempre cito em meus textos, na maravilhosa Rio de Janeiro, a cidade das bundas despeladas no carnaval e dos shows pirotécnicos de reveillon.
Mais tarde, à noite, como já esperava, vi no RJTV, minha coleguinha Leilane Neubarth, mencionar a incursão em Senador Câmara, que me custou uma passagem “filantrópica”, digamos assim, à SuperVia, pois a circulação de trens havia sido interrompida no dia anterior por “questões de segurança pública” - anunciava uma das funcionárias da ferrovia por microfone.
Foi-se o tempo em que podia ficar tranqüilo na varanda da casa da minha avó brincando com meus amigos no portão e jogando conversa fora com meus primos. É, aquela manhã de quinta-feira me trouxe um ar nostálgico, dos tempos que eu podia ser criança, ser cidadão com segurança. Em que podia ficar até tarde brincando de pique pega na rua sem ter que me recolher com medo da violência, dos tempos em que polícia e ladrão era apenas uma brincadeira de rua. Minha avó já não se assusta mais com os tiros, e pasmem, ainda fica vendo os traçantes no céu estrelado, me revelou ela outro dia – podiam ser coloridos e em outros tons sem ser amarelo-fogo – brinquei com minha mãe. De madrugada por vezes acho que estou sonhando – será que sou militar e essa uma salva de tiros em meu enterro? Hoje é dia de São Jorge pra ter alvorada? Antes fosse apenas um pesadelo, o pior é perceber que os sons que ouço de noite são tiros sim, estão bem próximos, são de verdade, a única mentira é que o pique estilingue não é nenhum pique e sim uma guerra civil camuflada e que as balas perdidas não são tão perdidas assim, porque sempre acertam um alvo: o errado.

22 de junho de 2008

ÔO TREM BAUM!



São 17 horas. Estou no Castelo, no centro do Rio de Janeiro, ali pertinho do Consulado dos EUA, da ABL (Academia Brasileira de Letras), do IBMEC, fonte de beleza desenhada em rostos perfeitos da classe média alta que estuda ali. Da janela de um prédio na Franklin Roosvelt, me despeço dos meus chefes, do Sr. Gazanneo e parto pruma jornada longa e cansativa, cortando o Rio de Janeiro até chegar a meu lar doce lar.
Desço os nove andares na certeza de chegar antes das 18h na estação de metrô da Cinelândia, essa hora entrar num metrô é algo tão insuportável que chega a ser lúdico e indigesto ao mesmo tempo. Passos largos, apressados, meus pés às vezes doem, e meu Deus.. como os sinais da Av Presidente Antonio Carlos demoram pra abrir, ver o sinal verde está para o tiro dado pela pistola em dias de corridas no Jóquei Clube, ambos os sinais remetem a mesma idéia, corrida. Não estou sozinho nessa jornada, comigo outras dezenas de engravatados e senhoras bem distintas de sainhas, digamos que bem saidinhas e terninhos encantadores seguem o mesmo trajeto, e parte deles, acreditem, farão a mesma aventura que eu. Um deleite único de quem precise de transporte público para se deslocar pelas ruas movimentadas do centro do Rio.
No caminho, deixo por despercebido senhoras velhinhas com fome que me abordam pedindo dinheiro, vira latas sem rumo que perambulam pelas calçadas, mendigos com fome e carrões importados e alguns empresários que circulam como transeuntes gastando aquele inglês fluente que me embabaca, será que o meu é assim também? Famintos e ricos me rodeando, camelôs, aqueles japinhas vendendo óculos falsificados, pretos, brancos, amarelos.. gente de todo tipo e toda cor.
Passo pela Praça Paris, ali pertinho da Biblioteca Nacional e do Teatro Municipal e chego finalmente a uma das entradas do metrô. 3,60 R$ é o valor da passagem para essa viagem incrível. Pego uma filinha básica, passo na catraca, agora eletrônica (mas ainda falha), desço as escadarias e fico na ânsia a espero do trem. Meu Deus.. parece que todo o Centro do Rio bateu o cartão na mesma hora e resolveu se encontrar no mesmo lugar, o que me acalma é saber que lá em cima nas ruas, o trânsito é pior. Quatro pessoas por metro quadrado, é quente, o ar condicionado nem sempre dá vazão, e ali na estação mesmo, vejo o quão diferente é a vida dos moradores da zona sul, enquanto entram 10 num vagão da linha 1 indo, sentido Glória, entram 100 no sentido Largo da Carioca, enfim.. aquele aperto continua, e algumas vezes pasmem quase que entro numa porta e saio pela outra do lado contrário, QUE EDUCAÇÃO!! QUE PRESSA!! Pra que isso? Nossa! No fundo entendo, quero chegar em casa tanto quanto eles e sinto na pele o quanto todo aquele processo é incomodo e incompreensível. Carioca, Uruguaiana, Presidente Vargas, uffa! Central do Brasil.. quatro estações, cerca de sei lá, 10 minutos.. que segundos longos!! Só pode!
Abrem as portas, a correria começa, é um assalto? Tão dando doce de São Cosme e Damião? O último é a mulher do padre? Eu não sei qual é a brincadeira, e não entendo bem as regras, parece que o primeiro que chegar na grande fila dos balcões da central ganha. Eu sei que ou quando eu chego o doce acabou ou eu sou a mulher do padre, porque assaltado pelo menos eu nunca fui (ainda).
Subo um novo lance de escadas e me deparo com aquela bela visão. Central do Brasil.. ui delícia!! Que tesão! É ali onde minutos mais tarde prostitutas dividem lugar com crianças vendedoras de Halls e Nescau Balls para tirar seu sustento. Filas enormes se formam, é impressionante como não existe aquela figura do café-com-leite, ou você entra na brincadeira e batalha ou não vai embora.
Trem para Bangu plataforma 4 linha D, para Campo Grande plataforma 3 linha C, Belford Roxo plataforma 13 linha F, não galera não é batalha naval não, é batalha terrestre mesmo, talvez por isso seja tão difícil e irritante, prefiria jogar isso em tabuleiro. Quantos participantes, antes fossem sós 2 como no jogo normal, mas são milhares!!! Filas, filas, filas, filas... e a mulher não para de falar no microfone, plataforma x linha 1000! Plataforma k linha 200! Cala a boca!! Porque não se firma um local certo pra todos os dias? Todo dia trem para Bangu sairá da plataforma 2 linha B. Olha que fácil!! Sr. Sério Cabral, sanciona essa lei, ao invés de colocar plaquinhas rosa em vagões só para mulheres!!!
Continuando. Pego enfim, depois de 40 minutos de correria e participar de um jogo em que não existe pênalti nem canastra fechada, rei ou rainha, talvez peões de guerra, sem as damas, o trem. Às vezes tem lugar, às vezes não. Às vezes tem ar condicionado, às vezes não. Que transporte maravilhoso! E gente, eu paguei 3,60 pela brincadeirinha, uma bagatela pelo serviço. Às vezes minha leitura ou meu sonzinho no mp3 é interrompido pela ladainha de alguns fanáticos religiosos, outras por ex-dependentes químicos angariando dinheiro pra manter as obras de assistência que os salvaram, ou ainda de mães cegas pedindo resto de comida de nossos pratos... enfim, depois de 54 minutos de – frigellzinha um real – ou – moça, choquito, batom – ou ainda coisas mais ousadas – cigarrinha do creu, lápis com calendário, tesoura que esquenta a mão, caneta de chocolate, tabuada de 1 real ou o delicioso amendoim agtal que eu não posso mais comer por causa do aparelho nos dentes, depois de tantas promoções e uma riqueza nos discursos improvisados que nos impulsionam a compra, depois de muita correria e empurra, empurra na estação de São Cristóvão ou na de Engenho de Dentro, depois de passar pelo Maraca, Mangueira, Engenhao, minha universidade Gama Filho, os centros de candomblé e umbanda de Oswaldo Cruz, minha Mocidade Independente de Padre Miguel... depois de cruzar toda a zona norte e de exatas 24 estações, chego em Bangu, meu lar doce lar na zona oeste do Rio, cansado e como vitorioso, afinal eu sempre chego vivo e certo de que amanhã vou brincar de novo com meus amigos desconhecidos que às vezes me perguntam as horas ou me dão um empurrão pra conseguir entrar no vagão do trem.

20 de junho de 2008


Campanha paradebate.blogspot.com: "PLANTE UMA ÁRVORE VOCÊ TAMBÉM E AJUDE O PLANETA TERRA A FILTRAR CO2"

15 de junho de 2008

POR QUÊ COTAS RACIAIS?



Abaixo segue uma espécie de pingue-pongue sobre as cotas raciais em universidades públicas.





Entrevistador: André Luiz Barros

Entrevistado: André Luiz Barros


Por que elas existem?
Pra disfarçar um problema de desigualdade social e fazer parte de um discurso de “esquerda” que “preza” pela igualdade das classes e uma melhor distribuição de renda.

Por que essa desigualdade ainda existe?
Porque diferentemente do que ocorreu na Inglaterra e EUA, no Brasil os negros após a abolição da escravatura não receberam qualquer aparato de estudos ou moradia digna, se criaram no morro e tiveram que viver em condições muitas vezes desumanas, sem sequer saneamento básico e qualquer tipo de educação (dever do estado e direito to cidadão – previsto na constituição federal).

Por que os negros foram marginalizados?

Devido a esse abandono por parte do poder público se criaram em periferias e morros que com o passar do tempo começaram a ser guiadas pelo poder paralelo do narcotráfico. Viveram num ambiente de drogas, armas e crimes.

Somente os negros vivem em periferias?
Obviamente que não. Mas em sua maioria. Afinal também existem brancos nas favelas.

Por que os negros têm menos postos de chefia, são uma minoria em universidades e têm menos representação em programas de televisão?
Porque o Brasil segundo o próprio IBGE, órgão federal, é constituído de uma maioria branca, pelo menos até 2010. Então matematicamente falando é provável que a maioria de qualquer cargo e de qualquer curso seja branca. Obviamente reconheço que faltam oportunidades aos negros, mas que é improvável cogitar-se 50% de brancos e 50% de negros nesse tipo de comparação, pra mim não significa nada além do que já se sabe que os brancos têm maior poder aquisitivo e melhores oportunidades.

Por que os brancos têm maior poder aquisitivo e melhores oportunidades?
Por que de fato têm acesso mais fácil à educação e às oportunidades. Mas pagam por isso.

Por que então eu sou contra as cotas, já que elas levariam educação mais acessível à população negra?
Porque simplesmente isso é inconstitucional, irracional e preconceituoso. Brancos e negros se diferenciam em uma única coisa: taxa de melanina na pele, ou seja, isso não significa nada. Além disso, se a população branca tem acesso a mais oportunidade é porque ela paga por isso, senão não haveria tantos colégios, escolas e universidades particulares espalhados pelo país. Se a educação pública fosse de qualidade a procura pelo ensino privado seria pequena.

E porque o ensino privado é melhor?
Simplesmente porque a remuneração dos professores é melhor.

E porque não se investe na educação infantil e no ensino fundamental público?
Porque o sistema de cotas é mais barato. É uma solução burra e temporária apenas pra disfarçar as desigualdades raciais que por incrível que pareça parecem não ter sofrido quase nenhuma alteração mesmo depois de decorridos 120 anos de a princesa Isabel ter assinado a Lei Áurea. Entretanto a solução ainda que com resultados em longo prazo mais conveniente fosse essa.

E as pessoas que já estudaram e não vão ter acesso a esse “melhor” ensino público?

É preciso haver mudanças, o Brasil mudou, e toda mudança gera novas mudanças e consecutivas repercussões. O que é melhor? Mudar agora e tentar ajeitar justamente a questão da desigualdade racial, ou deixar como está e disfarçar essa desigualdade com o sistema de cotas para que novas gerações sejam educadas com esse sistema público de ensino totalmente falido e insuficiente (que se pergunta se aprovação automática é uma solução interessante – “nem comento essa idéia”)? Daí eu questiono: Combater injustiça com injustiça é a melhor saída?

Por que então o governo insiste nesse debate idiota de cotas pra negros?
1º Porque o governo tem que manter sua linha de satisfazer os mais pobres (ainda que economicamente falando a elite banqueira tenha angariado recordes nos últimos 8 anos de governo).
2º Porque fica mais fácil politicamente falando, aceitar essa injustiça histórica e disfarçar toda essa desigualdade social e fingir que está sendo feito algo em prol dos negros (como se fosse uma retribuição, um favor – de fato pra mim educação é obrigação do Estado e deve ser provida pelo mesmo a todos).

Existem brancos pobres?
Sim existem.

E como eles ficam?

Com nenhuma cota, já que tiveram a “sorte” de nascerem brancos.

E os negros ricos?
AAaaa esses sim tem direito a cotas, porque sua afro-descendencia garante a eles esse “direito”.

E a classe média?
Essa é encarregada de prover o que o Estado não provém. De pagar impostos altíssimos para ser revertida a bolsas família, felicidade e cia.

E porque ao invés disso não são criadas oportunidades para a população pobre e em sua maioria negra?
Porque assim é mais fácil. Os investimentos externos precisam de juros altos para continuar sendo feitos, o presidente precisa de números e mais números pra ter o que falar em seus discursos, e esses investimentos nos deram um turbilhão de coisas, entre elas o Grau de Investimento, pela agência Standar´s and poor´s e uma taxa de criação de empregos restrita, já que para controlar a inflação a técnica do governo é estipular a taxa SELIC alta e consequentemente, menos poder de compra, menor produção industrial, menos empregos.

E porque nosso presidente é tido como um exemplo de chefe de estado?
Porque ele conseguiu provar que no Brasil, diploma é apenas um papel bobo de limpar bunda, que anos de estudo não obrigatoriamente levam a lugar nenhum e que salvo algumas exceções os que não estudam tem os melhores posições sociais, ex: agiota, dono de padaria, jogador de futebol, modelos da playboy e outros.

Mas, ainda existe preconceito racial em nosso país?
Sim, e muito. Entretanto preconceito racial mesmo, é o que existe nos EUA, por exemplo, onde existem colégios, meios de transporte, bairros específicos só para negros. Aqui existe sim, partem de brancos e frequentemente dos próprios negros.

E no Brasil? Onde podemos perceber esse preconceito racial?
Bom, existem vários processos judiciais em trâmite, de preconceito no trabalho, na rua.. Mas atualmente pra mim, o maior deles, realmente é o sistema de cotas em universidades públicas, afinal de contas, Hitler estaria certo a respeito do darwinismo social? ÓOObvio que não né! Mas esse sistema de cotas pra mim vai muito por essa regra, senão não privilegiaria brancos nem negros, afinal é de nosso inteiro conhecimento que não existe raça superior (ariana dita pelo ditador nazista). Só existe uma raça humana e uma subraça: homo sapiens, sapiens.

E os albinos, daltônicos, ruivos, hemofílicos, soro-positivos, como ficam? Afinal eles também são uma minoria.

Isso aí eu deixo pra você pensar e ver o quão injusto e absurdo é esse projeto de cotas em universidade públicas.

Enfim, prezemos pela igualdade dos direitos civis, independente de cor, sexo ou religião.

28 de maio de 2008


Campanha "paradebate.blogspot.com" à favor da afirmação do Funk como cultura!

27 de maio de 2008

Não eduquem seus meninos!



Falta no mundo educação, mas teoricamente no Brasil acho que ela deve partir somente das mulheres. Homens educados, quer dizer, homens com um comportamento sob etiqueta e com boa fluência verbal, não é tão homem assim. Em nossa sociedade machista, homens são aqueles que gritam e esbanjam masculinidade com seu vocabulário distinto recheado de “caralhos e porras”.
Um convívio lotado de paradigmas nos torna presos numa cadeia de conceitos em que homem faz e age de tal maneira e mulher de outra tal. Pessoas são diferentes mas parecem seguir um série de regrinhas que perfilam de forma estereotipada se você nasceu com vulva e ganhou um quarto rosa, ou com pênnis e um quarto azul.
No Brasil se vangloria desde cedo a figura do malandro, do moleque de rua que solta pipa sem camisa, que grita ou que xinga fanaticamente assistindo a um jogo de futebol, daquele que não estuda e que não quer nada, que senta no final da sala e repete de ano. Feche os olhos e pense no menino brasileiro.. vai se deparar exatamente com essa figura quase que folclórica no seu imaginário, por que? Porque esse é de fato o garoto brasileiro, aquele jovem imaturo e irresponsável que aos 14 anos e tão esperto que já não é mais virgem (que vergonha se o for), quizá já é pai, nem se auto sustenta mas já tem sua prole viva consumindo do mesmo leite e dos mesmos brinquedos. Pode parecer uma crítica ou um preconceito, mas que meninos educados ainda que admirados são rotulados e mal vistos pela sociedade isso é evidente.
Meninos inteligentes são nerds e quando não o são, são gays. É um tal de generalizar que fico despreocupado com os termos por mim aqui utilizados. Meninos não riem, tem que ter a voz grave, alta, firme e uma postura séria, fria e calculista, os simpáticos também têm sua sexualidade duvidosa. Ainda que simpatia, alegria, comunicação e extroversão sejam traços de uma personalidade, a sociedade é tão dura que constrói projetos de meninos e meninas para serem seguidos, os que fugirem daquele formato pré-pronto ou se desajustarem desse protótipo de homem-macho, tem sua opção sexual dúbia ou é separado do todo, por ter um tom intelectual mais elevado. Homem de verdade não estuda, não lê.. homem de verdade é assinante da Playboy e não da Época, o que fica nas entrelinhas é que muitos dos inteligentes que lêem Machado de Assis também gozam de momentos de prazer admirando o corpo delicioso da Juliana que saiu do BBB nas páginas da Playboy e que outros tantos assinantes da Playboy também são assinantes da G Magazine.
O machismo é tanto que o homem vive numa eterna busca por confirmar sua sexualidade. E ai daquele que titubeie e tente provar o contrário. Ser chacota ou alvo de piadas por falar que determinado amigo é pintoso pode se tornar uma grande gafe, como se homens só admirassem a beleza de mulheres. Se isso fosse verdade não entrariam na academia se auto destruíam com doses exorbitantes de Decas, Estrol, Durateston e seus para ficarem com o corpo do Arnold Swazneger. Homem de verdade briga. Homem faz luta livre, assiste ao Premier Combat e o cacete. Esse homem é tão “homem” que não consegue largar outro homem, uns, cá entre nós tenho a certeza, que utiliza esse meio pra dar uns amassos no coleguinha sarado. Homem não faz amor, homem “mete”, não vai ao banheiro, homem “mija”, homem não se contém, homem “peida”, e ainda conseguem conquistar as mulheres, como? Eles mentem.
Não adianta esse país é o país da bunda é o país dos machões. Ser educado e respeitar o próximo é coisa de viado. ÔOOOO pensamento hipócrita! Meninas cuidado, se controlem, xinguem menos senão podem ser confundidas com PUTAS! Como se só elas utilizassem palavras desse calão para construírem seus discursos. Não eduquem seus meninos, eles precisam xingar, cuspir e arrotar, se possível na frente dos outros, para que dessa forma, a sociedade tenha a convicção que eles são homens de verdade ou para disfarçar que existe um Léo Áquila dentro deles.

9 de maio de 2008



Campanha "paradebate.blogspot.com" a favor da liberdade de expressão!

27 de abril de 2008

JÁ TÁ AMANDO P#%%@?


Tenho reparado que o tempo não faz mais tanto sentido, a intensidade das coisas não são tão chocantes e os sentimentos não tão sólidos. “EU TE AMO”, por exemplo, já deixou de ser “EU TE AMO” faz tempo. Quer dizer ou ele perdeu seu significado ou de fato eu não sei mais o que essa frase afetiva significa.
A juventude intensa e insólita transformou a pureza do amor numa saudação qualquer. Com freqüência me deparo com mensagens instantâneas de sites de relacionamentos exaltando o “AMOR” de uma maneira um tanto quanto excêntrica: “To te add.. Bjux... Te amo”, “Oi! S2!”... “Miga fui a escola hj, S2!” ou ainda “Mlke tu é um mane msm, love you!”. Aaaaiii a língua portuguesa, ou ela foi mordida ou deve ter ficado mordida de raiva, esse questionamento deixa pra depois. Volto aqui às saudações de amor, “Oi = Eu te amo”, seria isso uma equação matemática? Um código? Um nova convenção jovem? Pra mim não faz sentido.
Bom, encaro isso como duas coisas. Primeiro uma tendência econômica: O “amor” vende, quem “ama” compra. Seja flores, bloquinhos de anotações em formato de coração, chocolates meio amargo, canetas com cheiro de morango.. (trivial como material escolar).. enfim, coisas que lembram seres amados, amor e afeto, nos corrompem no mercado, nos shoppings-malls, nas feirinhas de itaipava.. Onde quer que seja, corações, florzinhas e coisas doces vendem e nos contagiam, principalmente pra esse público que vive o amor como o sentimento.. Opa como a sensação mais efêmera de todas, mais ainda que o orgasmo numa noite inteira de sexo tântrico!
O amor eterno, o amor platônico hoje são utopias modernas do mundo antigo. Quer dizer ou são inverdades dos nossos ancestrais ou uma nova tendência da moda, como usar bota de cano longo no inverno. O negócio é amar!! E ai daquele que não ame.. mesmo que seja quem você não conheceu ainda. Bom pelo menos essa tese meio que vai de encontro aos dogmas cristãos em que seu grande líder, Jesus Cristo, exaltava: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, sem ironias, acho que a juventude tem levado essa máxima na ponta da faca.
Outra forma pessoal de tentar entender essa apologia ao amor instantâneo é acreditar que vivemos a Era da Carência e da Super-educação em que “Olá!”, “Obrigado!” e Cia., se tornaram obsoletos por completo, afinal de contas saudar alguém com um “Eu te amo” ao invés de um simples “Oi” é capaz de modificar todo o metabolismo de uma pessoa. Imaginemos que alguém tenha acordado de mal humor, dor de cabeça e sei lá... stress alto.. duvido que se ela ouvir um “Eu te amo!” do amiguinho de trabalho ela não vai reagir de outra maneira, de uma maneira mais relaxada e romântica. Talvez seja essa necessidade de ouvir alguém falar que a ama que tenha tornado “Eu te amo” um jargão juvenil. Namoros sem muito sentido, que surgem de uma hora pra outra, relacionamentos tão “maduros” que hoje se começa a namorar, amanha já ocorre uma briga, no dia seguinte se volta com fulaninho, e eu te amo pra cá, eu te amo pra lá.. qual o significado do amor? Cada dia estou mais certo que estado civil hoje em dia passou a ser status social. Quem está amando se encontrou!! Mas e aquelas juras de amor eterno instantâneas e tão intensas? O que seria uma declaração como: “Eu te amo pra sempre!”, nos dias de hoje. Um paradoxo e uma antítese ao mesmo tempo.
Imaginem Castro Alves falando desse amor, do amor do século XXI? Você deve estar achando isso uma viagem não está? Bom eu também acho mesmo. Tudo bem que Zygmunt Bauman, um grande estudioso do mundo pós moderno, acredita que os vínculos e os relacionamentos tem se tornado cada vez mais fugazes. Eu concordo plenamente, mas que “Eu te amo = OI” é uma equação inexata, irracional e sem prova dos 9 isso é. Ou é? Ou eu sou uma negação completa em lógica matemática. Pelo menos nunca o AMOR foi tão falado como ultimamente. E só pra ratificar essa minha observação empírica e absolutamente complexa deixo aqui um EU TE AMO pra você que está lendo meu texto agora.. isso isso.. pra você mesmo! Afinal de contas o AMOR É CEGO não dizem isso? Então, eu não estou te vendo e nem você a mim. Todavia sinta-se abraçado por mim, afeto e amor ao próximo isso sim eu venero como princípio da boa convivência humana e talvez a solução mais inteligente para se alcançar a paz mundial.

19 de abril de 2008


Campanha "paradebate.blogspot.com" contra a DENGUE!

9 de abril de 2008

MAMÃE, quero ser homem de bandida!


Outro dia estava me questionando qual seria a profissão do futuro? Me deparei com algumas opções: Arquiteto cibernético? Advogado virtual? Médico ultrasônico? Jornalista online? E eis que encontrei uma profissão em extrema ascensão no mundo, principalmente em países emergentes em que o submundo das drogas e da pobreza se esconde no meio de uma grande desigualdade social, O BANDIDO. Bom na verdade quando tomo a bandidagem como uma profissão, obviamente não quero compará-la a profissões dignas ou que de fato mereçam reconhecimento e admiração. Deixo claro aqui meu repúdio a toda e qualquer forma de bandidagem e qualquer outra atividade criminosa. Mas pensem comigo.
Dentro dessa desigualdade, profissões advindas da saturação do terceiro setor emergem como alternativas de se gerar dinheiro, gerar não, digamos que criar um dinheiro ilícito, como o oriundo do tráfico de drogas. De fato esse mercado em ascenção agora pela classe média me parece um mercado com grandes oportunidades de emprego, obviamente formado por profissonais liberais que desconhecem a CLT de Getúlio, mas que aceitam o risco e as incertezas da “profissão” para o sustento da família sem planejamento familiar e de sua própria sobrevivência. Aviãosinho, helicópterozinho.. entre outros... são as profissões do momento. Sem comparações negativas apenas legislativamente falando, foi-se o tempo em que camelô e motorista de cooperativas de Kombi representavam o mercado informal. Altas jornadas do trabalho que varam madrugadas, porte direto a armas de fogo, algumas inclusive de posse apenas das forças armadas, risco total de vida, embates com a polícia (órgão que representa, ou deveria representar, a defesa da nação), status social dentro das comunidades em que vivem... parecem ser muitas as “vontagens” de ser bandido nos dias de hoje. O reconhecimento é grande e garantido, vivem estampados nos principais jornais, costumam possuir um patrimônio bem graúdo, têm um respeito a zelar, por bem ou por mal, são espécies de ícones que representam uma comunidade e o caos da sociedade, afinal são vítimas e protagonizam de forma clara o abandono do governo em alguns setores sociais de nosso país.
Junto a essa “profissão” que emerge dentro entre outras coisas por conta de uma legislação obsoleta e ultrapassada, que não põe medo nem é capaz de controlar sequer uma criança de 5 anos, insiro uma nova questão, a inserção da mulher no mercado de trabalho. Elas já foram donas de casa muito respeitadas, meninas prendadas que cresciam e mal podiam escolher o homem com que iriam viver pra sempre, já foram proibidas de votar, começaram a trabalhar pra sustentar os filhos em tempos de guerra, eram mal tratadas e mal remuneradas, já foram vítimas enquanto proletariado, já participaram de revoluções feministas nos EUA e na Europa na década de 60 e por fim foram queimadas dentro de uma indústria e ganharam um dia em homenagem a elas. Hoje é notório que têm roubado espaço no mercado masculino de trabalho, atualmente existem donos de casa e “chefas” de família, hoje elas estudam, se graduam e já cogitou-se ter uma inteligência maior que a dos homens (claro que eu discordo!), elas fazem curso de Engenharia Mecânica e eles curso de gastronomia e culinária, quizá corte e costura, e por que não? Depois de uma história digamos que sofrida dentro de um mundo machista elas se firmam como cidadãs dignas que lutam pela igualdade dos sexos.
A estabilidade do futuro talvez realmente seja ser marido de bandida. Elas são mais inteligentes, administram muito bem o lar, esbanjam beleza dentro de seus belos par de seios, são mais sensuais e vaidosas, trabalham com classe e salto alto, são mais responsáveis e traçam metas viáveis de se alcançar, são um charme segurando uma pistola prateada, e sinceramente estão tomando o lugar dos homens a todo momento, conseguiram participar da economia e ganhar reconhecimento político.
Se nossa sociedade continuar politicamente desleixada dentro de alguns anos provavelmente a mulher assim como o homem e talvez até melhor, também comandará bocas de fumo, estará liderando o narcotráfico de países subdesenvolvidos e emergentes e gerenciará poderes paralelos e facções criminosas.
As crianças do 3º mundo do futuro vão ter que se acostumar com um novo sistema em que o pai cozinha e a mãe rica vai trabalhar chefiando as vielas da favela e comandando com rádio-celular suas áreas de influência, quizá elas não vão querer ser homens de bandida ao invés de médicos e jornalistas por exemplo. Daqui a uns anos, talvez seja moda homens dar o golpe do baú. De que forma eu ainda não sei.. isso porque não vão poder dar o golpe da barriga.. quer dizer, pelo menos até que a medicina não avance e chegue a tal ponto!

4 de abril de 2008

CIBERESPAÇO, um espaço livre e de representação


Sabemos que o ciberespaço promove novas formas de conteúdo social em rede antes impossíveis sem as ferramentas tecnológicas disponíveis hoje. Para Margareth Werthern, estudiosa no assunto, o ciberespaço oferece identidades paralelas. “Na ontologia desses cibermundos, você é o personagem que cria... o simples fato de denominar ou descrever é tudo que é preciso para gerar um novo alter ego ou cibereu”. Bom trocando em miúdos, com esses novos softwares e programas que nos permitem acessar a rede internacional de computadores e entrar em sites de relacionamento, por exemplo, com repercussão mundial, como o orkut e/ou criar blog´s e fotolog´s, lugares virtuais de representação social, vos questiono: Vocês são vocês mesmos quando estão na internet?
Na internet podemos ser quem gostaríamos de ser, ser quem nunca seríamos, ser quem de fato somos ou de fato não ser ninguém. Uma multiplicidade de identidades promovidas e fundadas em chats, por exemplo. Homem e mulher, negro e branco, alto e baixo, bonito e feio? São meras características que te alvejam quando forem convenientes. Você é quem você quer ser. Esse mundo de fantasia que é decifrado por megabytes e gigabytes de memória se esconde uma espécie de máscara digital, fachadas que podem dar amplitude a uma grande variedade de expressão e ação, ou porque não têm acesso em suas vidas regulares, ou porque não se sentem à vontade para se manifestar realmente falando.
Nesse ciberespaço, espaços crescem como os “verdadeiros” locais de representação social. Os espaços público/privado se reconfiguram, e ascendem os sites em formatos de blog´s, fotolog´s, e os conhecidos e populares sites de relacionamento. A importância do olhar do outro na modernidade se dá através do reconhecimento, é ele quem “legitima” e dá garantias, que faz algo se tornar verdade. Para Fernanda Bruno, o olhar do outro de hoje, é diferente do de antigamente. No passado, o olhar tinha um cunho vigilante, o de hoje é o olhar legitimador. É evidente que hoje o outro, para muitos, tem sido muito importante para uma autoconfiança. Por essa razão, por exemplo, ficar na moda, e estar dentro dos padrões de beleza são duas coisas triviais, como se quem usasse bolsa Louis Vitton e tivesse o rostinho de Gisele Budchen fosse totalmente feliz e auto firmado. O olhar do outro diz muita coisa hoje em dia, aliás, parece ser exatamente ele que nos faz buscar um padrão do viver. Agora me pergunto, antes porque será que todos os índios usavam tangas? Porque eles não eram criativos? Porque as lojas em que eles compravam-nas não vendiam peças exclusivas? Ou porque de fato o olhar do outro pouco lhes importava? É, acho que a resposta é meio óbvia né. Como dito no começo do texto, “o ciberespaço promove novas formas de conteúdo social” é eu até tinha dúvida, agora tenho certeza.