O grafite já faz parte da paisagem carioca. Rostos, personali- dades, figuras fol- clóricas da cidade e a própria Zona Sul tornaram-se temas de uma exposição a céu aberto. Com spray, látex e criatividade, sua matéria-prima, esses artistas de rua transformaram o preconceito em reconhecimento. Hoje, até são convidados a pintar.
– O dono de uma oficina no Rio Comprido me chamou para pintar o portão. Ele entrou com o material e eu com a criatividade – conta Gustavo Figueiredo, morador do Leblon.
O paulista Tony de Marco é artista plástico e trabalha com grafite há cinco anos. Para ele, o contato com a rua é primordial.
– A rua foi uma maneira de eu conseguir bastante prática e experiência – comenta Tony.
Marginal, não
Engana-se quem considera o grafite uma arte marginal inventada nos guetos dos Estados Unidos. Ele surgiu muito antes, na terra do futurismo de Umberto Boccioni, a Itália, onde era usado pelos antigos romanos para divulgar suas leis e acontecimentos públicos. Assim que explodiu nos EUA, na década de 60, o grafite ganhou novos horizontes. Capturada pelo movimento negro em Nova Iorque, a arte urbana passou a dividir espaço com o breakdance e o rap, parte de uma ideologia, o hip-hop.
– No hip-hop, o grafite tomou novos rumos, foi além da cultura de rua, tornou-se uma linguagem que revolucionou o movimento artístico. Hoje, já está dentro das faculdades de belas artes – explica Alexandre Ferreira, mais conhecido como Afa, que dá aulas na Cufa (Central Única de Favelas). – As pessoas com quem trabalho não tiveram acesso à arte, que sempre foi privatizada. E se o povo não vai até a arte, a arte vai até ele.
– Uso cores vibrantes e uma imagem bastante figurativa. Costumo desenhar acerca de questões atuais da mídia – revela o professor de grafitagem.
Mas, afinal, quem arca com as despesas dos desenhos?
– Muitas vezes, os próprios artistas têm de bancar o material. Em troca, recebemos o olhar de nossos espectadores, que são aqueles que estão passando pela rua enquanto nossa arte estiver lá – comenta Afa.
Dos grafiteiros, no âmbito internacional, o mais famoso é Jean-Michel Basquiat, que, na década de 70, chamou a atenção da mídia nova-iorquina, principalmente pelas mensagens lúdicas que deixava nas paredes dos prédios abandonados na ilha de Manhattan. E se ídolos costumam fazer história, no caso da grafiteira Taíssa Camarotti, a Thati, a fã número um passou a ser a noiva.
Thati faz parte do grupo Facing the Gigant, formado há oito anos no Rio de Janeiro por cinco grafiteiros – quatro homens. E não é só no grupo que Thati é minoria feminina.
– As mulheres ainda são poucas no grafite – reconhece.
Segundo os grafiteiros, os espaços onde são feitas as grafitagens costumam estar abandonados. A subprefeitura da Zona Sul, no entanto, ressalta que, se tratando de lugares públicos, deve ser pedida uma autorização à prefeitura; em privados, ao proprietário.
– O dono de uma oficina no Rio Comprido me chamou para pintar o portão. Ele entrou com o material e eu com a criatividade – conta Gustavo Figueiredo, morador do Leblon.
O paulista Tony de Marco é artista plástico e trabalha com grafite há cinco anos. Para ele, o contato com a rua é primordial.
– A rua foi uma maneira de eu conseguir bastante prática e experiência – comenta Tony.
Marginal, não
Engana-se quem considera o grafite uma arte marginal inventada nos guetos dos Estados Unidos. Ele surgiu muito antes, na terra do futurismo de Umberto Boccioni, a Itália, onde era usado pelos antigos romanos para divulgar suas leis e acontecimentos públicos. Assim que explodiu nos EUA, na década de 60, o grafite ganhou novos horizontes. Capturada pelo movimento negro em Nova Iorque, a arte urbana passou a dividir espaço com o breakdance e o rap, parte de uma ideologia, o hip-hop.
– No hip-hop, o grafite tomou novos rumos, foi além da cultura de rua, tornou-se uma linguagem que revolucionou o movimento artístico. Hoje, já está dentro das faculdades de belas artes – explica Alexandre Ferreira, mais conhecido como Afa, que dá aulas na Cufa (Central Única de Favelas). – As pessoas com quem trabalho não tiveram acesso à arte, que sempre foi privatizada. E se o povo não vai até a arte, a arte vai até ele.
– Uso cores vibrantes e uma imagem bastante figurativa. Costumo desenhar acerca de questões atuais da mídia – revela o professor de grafitagem.
Mas, afinal, quem arca com as despesas dos desenhos?
– Muitas vezes, os próprios artistas têm de bancar o material. Em troca, recebemos o olhar de nossos espectadores, que são aqueles que estão passando pela rua enquanto nossa arte estiver lá – comenta Afa.
Dos grafiteiros, no âmbito internacional, o mais famoso é Jean-Michel Basquiat, que, na década de 70, chamou a atenção da mídia nova-iorquina, principalmente pelas mensagens lúdicas que deixava nas paredes dos prédios abandonados na ilha de Manhattan. E se ídolos costumam fazer história, no caso da grafiteira Taíssa Camarotti, a Thati, a fã número um passou a ser a noiva.
Thati faz parte do grupo Facing the Gigant, formado há oito anos no Rio de Janeiro por cinco grafiteiros – quatro homens. E não é só no grupo que Thati é minoria feminina.
– As mulheres ainda são poucas no grafite – reconhece.
Segundo os grafiteiros, os espaços onde são feitas as grafitagens costumam estar abandonados. A subprefeitura da Zona Sul, no entanto, ressalta que, se tratando de lugares públicos, deve ser pedida uma autorização à prefeitura; em privados, ao proprietário.
Um comentário:
Grafiti é foda, só uso 0.7
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