23 de agosto de 2010

Quase um 'Athina Onassis Horse Show' na TV


As cochias são abertas e nossos nobres mangas larga saem de seus gabinetes, guiados por seus assessores, sob a égide da politicança rumo aos seus anseios mais sórditos dos sórditos dentro do poder executivo brasileiro. Em meio a tantas falcatruas e pilantragens, sair do backstage e prumar campanha eleitoral depois de fabulosos números (apenas números) do queridinho do povo, e co-irmão cefalópode, o Lula, é uma missão um tanto quanto arriscada e ousada, e se for pra ir contra o mascote da pobreza e dos sindicalistas mais pulgentes de plantão, digo que seria uma missão quase que arrebatadora.


Como em toda boa competição, existe aquele preparo, aquele treino de discurso frente aos deliciosos cento e oitentaei blau milhões em ações que vivem atualmente em território brasileiro.. no 'fair play' das eleições 2011, a secundagem impecável, dividida milimetricamente pelo TRE abre caminho como meio de comunicação entre aqueles que querem o poder, daqueles que instituem-no, ou seja, nós todos. E acreditem só foi Dilma aparecer uma semana como filha do lula em seu programa e como filha da puta no programa dos outros em via televisiva, que angariou um vão de 17 pontos percentuais na pesquisa data folha sobre eleições presidenciais 2011.


Dentre bons penteados, alguns quilos de maquiagem, perucas pra quem precisa ter cabelo, e um bom polimento na careca de quem o aboliu, nos deparamos com umas certas aberrações.. José Serra de mangas arregaçadas do lado do povo e Tia Dilma de ponche no Chuí, não cola. E se o visual fashion pode tomar as telas da TV, quase a um estilo prêt-a-porter de gravatas, ternos e cachecois a lá Yves Saint Laurent, porque não também investir no vocabulário? Esse é outro daqueles empasses brlhantes. Parece regra, mas é orgulho, para não soar um pouquinho "stuck up", chamar minha mãe e a mim de irmão, companheiro, amigo... nem sou parente da Marina, muito menos amigo do Serra, tampouco colega da Dilma, quizá, companheiro do Lula. Sou amigo da Camila, parente da Luana, companheiro do Tailan... do Luciano... neto da Marinalva...


Desde que as eleições começaram, uma frase de fato conquistou meu voto.. não prometia mais postos de saúde, nem mais segurança pública.. embora isso seja o mínimo que espere de um candidato ao senado ou a presidencia. No offline do mundo da política ouvi de um candidato ao senado do Partido Socialimo e Liberdade, durante a gravação de uma de suas inserções comerciais:


- "O povo tem que aprender com meu vocabulário, essa coisa de falar pro povo é foda!", diz.


E de fato, essa é a grande realidade. Não há de se pseudonimar como Zé, ou se deitar sob o Silva do sobrenome para se aproximar do povo. Não é preciso falar pro povo e sim dialogar com ele, ouvindo-no e colocando-se disponivel a comunicá-lo.


Na corrida do Jóckei rumo ao Palácio do Planalto e ao Congresso Nacional, apostarei, embora com receio, naquele que não me tome por burro e relinche para eu entender, mas sim naquele que fale pra burro um bom português, o meu idioma, a minha língua, para que exista o mínimo de comunicação entre mim e àquele que estou depositando minha confiança para me representar.

Nenhum comentário: