1 de setembro de 2008

BRICando de prevêr o futuro, o novo jogo da Estrela

A globalização trouxe consigo uma série de mudanças e transformações em todas nações do mundo, na vida de toda a população mundial e de todo cidadão. É evidente que aquela divisão entre ocidente e oriente, países do norte e do sul, desenvolvidos e subdesenvolvidos, pobres e ricos, do velho, do novo ou do novíssimo mundo já está ultrapassada e um tanto quanto defasada. Embora essa distinção ainda exista, hoje o mundo é dividido em blocos econômicos (Mercosul, UE, NAFTA, entre outros), ou em grupos de países que juntos fundamentam uma mesma política ou tenham o mesmo ideal em determinado assunto (OTAN, OPEP, Tigres Asiáticos e cia). Um desses grupos tem se destacado bastante mundialmente: O BRIC. Ressalto aqui que o BRIC não se trata de um bloco econômico, político ou militar, é classificado como uma associação comercial de cooperação mútua, desde 2002.
O BRIC é o termo q faz referência à Brasil, Rússia, índia e China. Quatro países que teoricamente tem muito em comum. Os quatro países tem uma economia aparentemente estabilizada, bem como a política, tem mão-de-obra abundante, níveis de exportação em crescimento, assim como o PIB, grande quantidade de investimentos externos, reservas de recursos naturais e algumas outras semelhanças. Sim eu concordo que os quatro países citados têm tudo isso em comum são países emergentes e com futuro promissor, entretanto discordo em alguns aspectos.
Segundo dados, juntos, esses países representariam mais de 40% da população mundial e um PIB de mais de 85 trilhões de dólares e suas economias juntas superarão as economias dos seis países mais ricos do mundo atualmente (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália) até 2050. Entretanto é complicado unir países tão diferentes e toma-los como as economias do futuro. Ainda que em desenvolvimento esses países tem muito o que fazer pra se chegar lá, além disso estabilidade deve ser a palavra-chave para que essa previsão se torne de fato realidade. Acho importante lembrar que a China, por exemplo, apesar de sua população gigante, causa de grande oferta de mão-de-obra e mercado consumidor, tem um regime comunista e vive uma ditadura histórica, que repercutiu na abertura de sua economia entre trancos e barrancos; a Índia é dona de uma desigualdade social impressionante, lotada de conflitos étnicos e religiosos; a Rússia por sua vez, apesar de sua rica história e seu grande poderio bélico, possui uma péssima distribuição de renda per capita, enquanto parte da Rússia evidencia o seu crescimento econômico progressivo e gradativo outra parte se vê submersa no passado e parece ter esquecido o sistema capitalista; o Brasil... meu deus.. o Brasil!! Kk Esse daí tem que encontrar um caminho, um rumo social racional.
Vou dedicar um parágrafo ao Brasil, afinal de contas, esse é meu país. Bom o Brasil de fato tem crescido economicamente, tem sustentado sua economia na agropecuária e isso lhe tem rendido boas receitas, vive um superávit interessante, tem regido de maneira responsável a dívida externa, tem até conseguido “plus” em graus de investimento por aí; como mostram estudos do IPEA, a distribuição da renda tem diminuído e coisa e tal. Mas devo lembrar que se a economia “deslancha” o social chora! Os juros internos estão no céu; esse programa do Lulinha PT de bolsas família, escola e alegria não vai funcionar por muito tempo, aliás pra mim não funciona, a classe média está sufocada; o sistema de ensino público é falido e vergonhoso, tanto quanto o de saúde, aliás o de saúde está moribundo; a violência vivida nas metrópoles, nunca bateu tantos recordes, os números do Iraque são pinto do lado dos números de vítimas de violência urbana das grandes cidades brasileiras; a corrupção então! O número de CPI´s acho que reflete bem nosso sistema político refleto de ladrões e falcatruas medíocres. Enfim, não sou guru nem pai de santo, muito menos economista (até queria ser), mas eu não confio muito nessas previsões acerca desses quatro aí de cima não, uns desses aí até acredito sim, mas para isso mudanças e investimento devem ser os carros-chefe para se alcançar essas projeções.
Alguns estudos divulgados esse mês, senão me engano, já apontam algumas divergências e mudanças nessas previsões. Segundo essas últimas pesquisas, a Rússia perderia seu posto para o México até 2030, e o BRIC já não seria mais o BRIC e sim o CIMB. Pois é, prefiro não arriscar nas quatro mais do futuro, e aliás não sei pra que fazem isso, afinal, estabilidade e certeza é algo que o mundo globalizado não nos permite ter.

Um comentário:

Flavia Vargas disse...

oiii, tudo bom?
Tá linkado lá no meu. gostei do bolg!
depois passa lá...

bjuu