13 de novembro de 2009

Já é Natal na Lider Magazine...


É de lei! Mal novembro começa e no intervalo da novela das oito um jingle nos acomete. Docinho, docinho, pelos ouvidos... e de repente... “Já é Natal na Leader Magazine... 100 milhões de dias pra pagar, é bom você aproveitar!!”. Esse ano o Natal parece que vai ser gordo, a marolinha de Lula já passou e a maré parece estar pra peixe. O IPI da linha branca continua reduzido até 31 de janeiro de 2010 e o comércio registra alta pelo quinto mês consecutivo em setembro, a Petrobrás escavou mais um buraco em Tupi com sucesso, 18,5 milhões de pessoas ascenderam seu poder aquisitivo nos últimos três anos no Brasil, a moeda está valorizada, a taxa de juros básica (Selic) ainda é alta, mas estagnada há um tempinho... As noticias são boas e aparentemente animadoras. Mas e o bom velhinho?

A crise mundial está se abrandando, mas parece que ele está inseguro, ouvi dizer que Papai Noel esse ano vai abrir a mão pra geral, mas vai desembolsar um extra para investir em ações. Encontrei com ele no IBGE e ele me disse que o IPCA (o meu queridinho, sim) vai dar um empurrãozinho esse ano. O índice de inflação oficial usado pelo governo registrou alta, mas o que puxou a aceleração foi o álcool, o que não interfere no transporte do Papai Noel, já que quem carrega ele de um lado pro outro são renas e elas não são total flex, muito embora esses bichos sejam comumente confundidos com viadinhos Bambi. A mesa estará farta, afinal o fogão de seis bocas vai sair, pelo menos até janeiro, e o Chester, engordado o ano inteiro tadinho, vai pra mesa, talvez até duplicado, o grupo dos alimentos registrou leve deflação no último mês.

O IOF vai ficar, junto com aqueles pratos de frutas pintadas que só saem do armário em dezembro e pra lá voltam no dia 26 do mesmo mês. O Real está indo de vento em poupa, tendo quedas ralinhas, mas estável, bom pra quem quer conhecer a derrota norte-americana, viajar pros EUA agora é excelente ideia.

Esse ano foi o ano da zebra, Clodovil Hernandes, Dercy Gonçalves e Michael Jackson se encontraram com Jesus (ou com o diabo, quem sabe?) e um helicóptero chegou a ser abatido no Afeganistão... oops no Rio de Janeiro. Mas Papai Noel não está nem aí, ele acompanhou a saga da cidade da música na Barra e seus 500 milhões de reais pra semiconstruir aquele elefante cinza, como é popularmente conhecido o neo-antro da cultura erudita de nossa cidade maravilhosa, que por sinal está mais gay do que nunca, ganhou até o título de melhor destino gay global pela MTV.

Enfim... a Petrobrás continua quebrando a cabeça pra tirar leite de pedra.. oops petróleo de pedra... oops petróleo do pré-sal, quase pedra e não é que a filha da mãe consegue tirar isso lá de baixo! Podia tentar tirar os corpos do acidente da TAM que estão no Atlântico. A essas famílias o bom velhinho não poderá garantir o melhor dos presentes, a Justiça. No Brasil, nem sempre a Justiça tarda e não falha, aqui ela sempre tarda, tarda bastante mesmo, e às vezes falha!

Eu sei que nesse ano a classe média e a pequena burguesia, agora infladas com o pessoal que enriqueceu do nada, vão gastar mais. Estão previstos a injeção de R$85 bilhões na economia brasileira só com o décimo terceiro. Tudo bem que o pessoal vai começar o ano fufu... mas isso é de lei.. e olha que Papai Noel não estará aqui para dar os lápis e canetas pras crianças no início das aulas não hein moçada.

A economia está felizinha e a Dilma vai se eleger ano que vem como candidata a presidência. Nãooooooooooooo! PAC não chegou em Bangu e nem perto daqui. O bom velhinho me disse que esse ano o natal será mais poupudo e bastante diferente.

Vamos trocar a cafona “Noite Feliz” tocada em teclado quando pequeno pela minha prima e ceiar ouvindo o arrojado ”Bota com raiva, bota com raiva!!”e comemorar a pseudo-tsunami passando o Mantega no piru.. oops! Passando manteiga no peru e botando com raiva ele para assar no fogão de seis bocas novo. Kk

Aaaaa e o Papai Noel, ele é brasileiro, e está dentro milhões de pessoas que subiram de vida de acordo com o Ipea, ele vai abrir uma caixinha nas Ilhas Caimãs e passar a noite fumando charutos cubanos com uma boa garrafa de Chandon do lado.


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