4 de abril de 2008

CIBERESPAÇO, um espaço livre e de representação


Sabemos que o ciberespaço promove novas formas de conteúdo social em rede antes impossíveis sem as ferramentas tecnológicas disponíveis hoje. Para Margareth Werthern, estudiosa no assunto, o ciberespaço oferece identidades paralelas. “Na ontologia desses cibermundos, você é o personagem que cria... o simples fato de denominar ou descrever é tudo que é preciso para gerar um novo alter ego ou cibereu”. Bom trocando em miúdos, com esses novos softwares e programas que nos permitem acessar a rede internacional de computadores e entrar em sites de relacionamento, por exemplo, com repercussão mundial, como o orkut e/ou criar blog´s e fotolog´s, lugares virtuais de representação social, vos questiono: Vocês são vocês mesmos quando estão na internet?
Na internet podemos ser quem gostaríamos de ser, ser quem nunca seríamos, ser quem de fato somos ou de fato não ser ninguém. Uma multiplicidade de identidades promovidas e fundadas em chats, por exemplo. Homem e mulher, negro e branco, alto e baixo, bonito e feio? São meras características que te alvejam quando forem convenientes. Você é quem você quer ser. Esse mundo de fantasia que é decifrado por megabytes e gigabytes de memória se esconde uma espécie de máscara digital, fachadas que podem dar amplitude a uma grande variedade de expressão e ação, ou porque não têm acesso em suas vidas regulares, ou porque não se sentem à vontade para se manifestar realmente falando.
Nesse ciberespaço, espaços crescem como os “verdadeiros” locais de representação social. Os espaços público/privado se reconfiguram, e ascendem os sites em formatos de blog´s, fotolog´s, e os conhecidos e populares sites de relacionamento. A importância do olhar do outro na modernidade se dá através do reconhecimento, é ele quem “legitima” e dá garantias, que faz algo se tornar verdade. Para Fernanda Bruno, o olhar do outro de hoje, é diferente do de antigamente. No passado, o olhar tinha um cunho vigilante, o de hoje é o olhar legitimador. É evidente que hoje o outro, para muitos, tem sido muito importante para uma autoconfiança. Por essa razão, por exemplo, ficar na moda, e estar dentro dos padrões de beleza são duas coisas triviais, como se quem usasse bolsa Louis Vitton e tivesse o rostinho de Gisele Budchen fosse totalmente feliz e auto firmado. O olhar do outro diz muita coisa hoje em dia, aliás, parece ser exatamente ele que nos faz buscar um padrão do viver. Agora me pergunto, antes porque será que todos os índios usavam tangas? Porque eles não eram criativos? Porque as lojas em que eles compravam-nas não vendiam peças exclusivas? Ou porque de fato o olhar do outro pouco lhes importava? É, acho que a resposta é meio óbvia né. Como dito no começo do texto, “o ciberespaço promove novas formas de conteúdo social” é eu até tinha dúvida, agora tenho certeza.

3 comentários:

Dener Burtory disse...

Ola Andre adorei sua postagem achei bem interessante iria lhe perguntar se vc poderia participar do meu blog e so entrar no meu perfil e la vc consegue velo a e tambem vote nas enquetes fike avontade flou????
Boa sorte pra vc espero que seja um grande jornaliste ffuuuii abbbrrrrraaaaaaaa;;;;ossssssss!!!!!!!!!!!!!

Futuros jornalistas disse...

Tem meia dúzia de antropólogos querendo te pegar na esquina por causa da história de dizer que os índios não eram criativos...
:o) Mas o post tá ótimo, viu? Aliás, gostei muito do blog, você tem o maior tino para cronista. Parabéns. Larissa

Dener Burtory disse...

bem sobre o jornalismo bem eu gostaria muito de fazer jorna lismo e um dos meus sonhos trabalhar principalmente na televisao mas quem sabe?????? isso pode se tornar tambem real e com vc acontecera a mesma coisa bom ja disse td um abra;o!!!!!!!!!!!rsrsrs