13 de julho de 2009

Arte, beleza e história, da Rússia para o Rio de Janeiro

Por André Luiz Barros, O ESTADO RJ (13/07/2009)

Desde o final de junho o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro abriu as portas para a maior exposição de obras russas que já veio ao Brasil. As 123 obras de arte ficaram hospedadas até dia 23 de agosto na cidade, entre telas, esculturas e instalações, resi- dentes oficialmente no Museu Estadual de São Petersburgo. A mostra reúne importantes artistas modernistas da vanguarda russa, entre eles, Rodtchenko, Malievitch, Kandinsky, Tatlin, Chagall e o pouco conhecido no Brasil, mas não menos talentoso, Pavel Filónov.

Quem se dispor a visitar a exposição pode esperar um impacto do belo sobre os sentidos, num show de cores, arte e história. A vanguarda russa, representada pelo suprematismo e o construtivismo, trouxeram a mágica dos pincéis e da arquitetura feita pelas mãos de grandes nomes da arte mundial e marcaram época depois do movimento conhecido como outubro vermelho da Revolução Russa.

É interessante notar como a cultura popular é representada nas telas. O abstracionismo de Nadiejda Udaltsova em “Restaurante” é uma completa viajem subliminar, através de traços firmes e de cores fortes, mostrando a confusão do surgimento dos ainda recém-nascidos campos de interação social da cidade, ainda em construção.

As pinceladas de Vassili Kandínski encantam qualquer espectador. Através de uma visão apurada do mundo, sua obra é marcada por um choque colorido e geométrico. Do outro lado, artistas como Natalia Gontcharova ou Mikhail Lariónov, assinaram famosas telas que rabiscam a óleo cenas do cotidiano rural da Rússia.

De todos os artistas, dois merecem especial destaque, Kazimir Maliévitch e suas dezenove obras, que explicitam bem o interesse de ruptura vanguardista e a busca por uma utopia pela construção de um novo mundo, e o pouco conhecido no ocidente, Pavel Filónov. Três telas de Maliévitch inauguram o suprematismo na pintura: a cruz, o quadrado e o círculo preto sobre fundo branco despertam-nos a curiosidade pela interpretação. Se por um lado, Maliévitch, já representa mundialmente o suprematismo russo, de outro, Pavel Filónov, é autor de obras incríveis, mas ainda pouco conhecidas e valorizadas no ocidente. As pinturas “Duas meninas”, por exemplo, mostra o talento de Filónov, que causa um frenesi especial nos visitantes da exposição através do ar cubo-futurista de suas telas, algumas parecem terem sido cobertas de camurça, tamanha sensação de tato visual nos apreciadores.

A exposição está distribuída em várias salas do CCBB e expõe ainda Mark Chagall e Aleksandr Rodtchenko, diferentes expressões da vanguarda russa, que evidenciam a heterogeneidade do movimento. O suprematismo e o construtivismo fizeram parte de um movimento cultural ocorrido entre 1890 e 1930 que repercutiu numa grande mudança na história da arte. As obras são história viva da Rússia.



2 comentários:

my disse...

O MELHOR PAÍS DO MUNDO PARA MIM É A RUSSIA,POIS TUDO NELA ME ENCANTA
ELA É EXPLENDIDA CHEIA DE MISTERIOS,AVENTURA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL POR FICAR CALADA OS AMERICANOS A TEMERAM ACREDITANDO QUE TINHAM ARMAS.
CONCLUSÃO:O SILENCIO PODE AMEDRONTAR

my disse...

QUEM NÃO SABE QUE O MELHOR PAÍS DO MUNDO É A RUSSIA.
RUSSIA EU A AMOOOOOOOOOOOOOOO DE PAIXÃO.