8 de julho de 2009

Transformers 2, os Gremlins do século XXI

Apesar de não ter visto o filme anterior que explica toda a saga dos Transformers na Ter- ra, e embora tenha tido certa dificuldade de pegar o enredo da trama e demorar pelo menos uns 25 minutos iniciais do filme para entender de fato o que eram aqueles seres robóticos, uma coisa foi certa, o lado cômico do filme não saiu de cena durante todas as duas horas e vinte de cinema. A ajudinha de um amigo foi realmente trivial, através de um review do Transformers 1, para que eu entendesse que aquelas máquinas mortíferas e falantes eram alienígenas de outra galáxia e que se dividiam em duas facções, os Autobots (os bonzinhos) e os Decepticons (os rebeldes sem causa).

O rostinho angelical e sacaninha com aqueles belos pares de olhos azuis, coxas espetaculares e seios que saltitam durante todo o filme, pousadas sobre uma moto logo no início da história arrancou manifestações eróticas do público masculino que assistia ao Transformers 2, e por pouco não apagou a atuação do amigo de cena, Shia LeBeouf, o protagonista. A sessão que começou as 10h20 da noite estava lotada, em plena terça-feira, terceiro dia da semana, de férias, ok, mas isso me surpreendeu.

Não demorou muito para que os primeiros personagens de ferro aparecessem na telona, o clima de ação pegou de surpresa os espectadores logo no início do filme. O espetáculo de efeitos especiais, bem clássicos nos filmes de Spielberg, sem dúvidas chamaram a atenção do público. Aliás toda aquela montagem digital de bonecos medonhos de ferro e aço somada a trilha sonora do filme, com fundos a la “ERA” trouxe um ar realmente de ação e ficção impressionante. O enredo e a história em si, por sua vez, não me surpreenderam muito, o roteiro baseado em máquinas falantes que querem dominar o planeta Terra, já está um pouco desgastado.

Lá pelo meio do filme, por pouco pensei ter me enganado de sala, e ter entrado em outra produção Spielbergiana, “A volta dos Gremlins do século XXI”, afinal seres meio alienígenas divididos em duas facções, a dos comportados adaptados ao convívio humano e os mais violentos e selvagens, que lutavam entre si e botavam em risco o planeta Terra caso o tomassem conta por completo, já havia sido visto antes na década de 80. Mas tudo bem, logo dei conta de que aquela ideia louca não passava de um mal-entendido, quando fui pego por uma cena um tanto quanto longa de bolinhas de metal que formavam pouco a pouco um robô-monstro prateado enorme, linda, linda a montagem.

O filme me fez viajar em dois momentos únicos, primeiro me trouxe o fetiche incrível de poder dirigir uma daquelas máquinas possantes sem mexer no volante, apenas sob comando de voz, com uma loira (literalmente uma máquina loira) ao lado, e no segundo momento, sob risadas e comentários irônicos dos meus colegas espectadores nas cadeiras ao lado, tive a sensação por diversas vezes, daquilo que mais odeio em cinema, a sensação de que algo não soava verdadeiro: voos alem do normal, objetos enormes que não caem e não quebram, ventanias que tiram caminhões do lugar, mas não levantam pessoas do chão, me decepcionaram um pouco, mas isso, é sabido desde o momento que compramos o ingresso e conhecemos a sinopse, pelo menos por mim, talvez por isso não seja fã número um desse estilo de trama.

A perfeição das máquinas e suas vozes macabras me levaram de volta aos vídeo-games, de onde saiu a ideia do filme. Não gosto muito de jogos de vídeo-game ou histórias em quadrinhos que saem de suas mídias convencionais e invadem as telas de cinema, mas, não sei bem se pelo apelo público, em sua maioria conseguem recordes nas bilhererias, vide que os Gremlins do século XXI, oops, os Transformers 1, conseguiu lucrar US$300 milhões nos EUA e quase $700 milhões mundialmente.

O filme terminou, pasmem, como teatro, com uma salva de palmas um tanto quanto excêntrica. Eu ainda prefiro um bom drama ou filme de terror, mas relevem, eu assistia “Os caça fantasmas” (desenho animado) e torcia para os fantasmas quando mais novo. (Tive que terminar o texto scom uma foto descontraída da musa da Cybertron)







Agradecimento especial ao amigo Vinicius que me acompanhou na exibição do filme.

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